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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Reforma Ortográfica: É preciso reaprendermos a escrever.





Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2012.
Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que tem o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.
No entanto, não é necessário que haja aversão às alterações, pois são simples e fáceis de serem apreendidas! Além disso, há um prazo de adaptação que dá calmaria a todo processo de mudança! Para tanto, o Brasil Escola apoiará as novas regras e irá promover a atualização dos textos para que os internautas possam se sentir mais confortados e ambientados com esse novo jeito de escrever algumas palavras!
A ABL (Academia Brasileira de Letras) dispõe de um link para quem tiver dúvidas sobre o acordo, é só acessar www.academia.org.br e procurar o serviço “ABL Responde” à direita na página. No entanto, não há prazo para que as repostas sejam enviadas, já que cada pergunta passará por análise da comissão de lexicografia e lexicologia.
O Brasil Escola também contará com um e-mail para que você possa enviar sua dúvida a respeito do novo acordo ortográfico: duvidasacordo@brasilescola.com.




Por Sabrina Vilarinho


Graduada em LetrasEquipe Brasil Escola

UM GUIA PARA VOCÊ




Quais mudanças são importantes?



preparei uma versão resumida das mudanças, pois a maioria dos guias produzidos repetem as regras já existentes. A lista completa pode ser consultada online no Guia da Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa. Lembrando que não há alteração alguma na pronúncia, apenas na grafia.
• O alfabeto fica com 26 letras, incluindo as letras “k“, “w“ e “y“.
• O trema já era. “Frequência” e “sequência”, tranquilo? Se você se orgulhava de usar e se este era seu diferencial de inteligência em relação à grande massa, procure outro ou apenas escreva nomes próprios como o alemão “Müller” e o tibetano “Chödrön”.
• Para palavras compostas com prefixos (como “super”, “hiper” e “sub”) e o segundo elemento começando com “h”, tem hífen (”super-homem“). A única exceção (claro, tem de haver exceção para sabermos escrever exceção): “subumano”. Sem “h”, feio assim mesmo.
• Não se usa hífen quando o prefixo termina com uma vogal diferente daquela com que se inicia o segundo elemento (”autoescola“).
• Não se usa hífen quando o segundo elemento começa com “s” ou “r”, devendo estas consoantes ser duplicadas (”contrarregra“, “antissemita”). Com prefixos que acabam em “r” ou “s”, vale a outra regra e aparece o hífen: “super-regra”. Tricky, uh?
• Não se usa mais acento para diferenciar verbo de substantivo ou preposição: “para” agora é tanto flexão do verbo parar quanto preposição, por exemplo. O mesmo vale para “polo”, “pelo” e “pera”.
• O acento circunflexo desaparece em: “creem”, “deem”, “leem“, “veem”, “enjoo” e “voo”. Bonito, não? “Têm” e “vêm” (para demonstrar plural) e “pôr” (para diferenciar o verbo) continuam valendo.
• O acento agudo some para “assembleia”, “ideia“, “jiboia” e todos os ditongos abertos de paroxítonas. O mesmo vale para “feiura”.



Farei um esforço para obedecer todo o novo acordo. Contarei com a revisão de todos.


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