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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Acontece cada uma.

AVESSO

Nós já temos encontro marcado ,
eu só não sei quando,
se daqui a dois dias se daqui a mil anos,
com dois canos pra mim apontados ousaria te olhar,
ousaria te ver.
Num insuspeitavel bar pra decência não nos ver,
perigoso é te amar, doloroso querer,
somos homens pra saber o que é melhor pra nós,
o desejo a nos punir só por que somos iguais a idade média aqui,
mesmo que me arranquem o sexo,
minha honra meu prazer te amar eu ousaria,
e você o q fará se esse orgulho nos perder.

No clarão do luar espero ,
cá nos braços do mar me entrego,
quanto tempo levar quero saber
se você é tão forte que nem lá no fundo irá desejar.

O que eu sinto meu Deus
é tão forte até pode matar,
o teu pai já me jurou de morte
por eu te desviar,
se os boatos criarem raízes,
ousarias me olhar? Ousarias me ver?
Dois meninos num vagão e o mistério do prazer,
perigoso é me amar,
obscuro querer,
somos grandes pra entender
mas pequenos pra o opinar,
se eles vão nos receber é mais fácil condenar
ou noivados pra fingir mesmo que chegue o momento
que eu não esteja mais aqui e meus ossos virem adubo,
você pode me encontrar no avesso de uma dor.

No clarão do luar espero ,
cá nos braços do mar me entrego,
quanto tempo levar quero saber
se você é tão forte que nem lá no fundo irá desejar.

Jorge Vercilo

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