As boas ações devem ser realizadas
em segredo, no íntimo do coração de cada um, posto que vivemos na época da
publicidade, da propaganda, onde tudo aquilo que fazem saem mostrando num
cartaz e ser proclamado em alto e bom tom. Não precisam de exposição, pois
aqueles que a recebem sentem o toque da generosidade, e esta, quando é
verdadeira, é também gratuita.
Coloco como necessária a
observação do inverso: temos um desejo enorme de propagar aquilo que não vai
bem. Não daquilo que fazemos de ruim, mas do outro, nessa lista enquadro os
políticos e em especial o vereador. Motivo: por está mais próximo de nós. O desejo
de divulgar, de criticar é latente e os tem como função inerente ao trabalho legislativo... mera alimentação do seu ego. Não importa o que essas pessoas que estão a ser
mal faladas façam, elas nunca vão agradar a quem as critica.
Observo desde muito tempo que geralmente,
falar é somente falar. Comunicação é necessária, mas há uma confusão de que
falar seja considerada com ação verdadeira. É comum em municípios pequenos o
acirramento entre situação x oposição e nesse momento o verdadeiro papel do
político se confunde com “ar de vingança”. Aqueles que antes se beneficiavam
das benesses do poder ficam a insultar os que agora usufruem do mesmo. A
personalidade dos vereadores muda de tal forma que esquecem seus
posicionamentos passados, suas atitudes.
Há muita boa intenção nas ações,
mas há um adágio popular que diz: “de boas intenções o inferno está cheio”,
isso porque há uma anarquia que inviabiliza a verdadeira ação legislativa se
não, observem: Reuniões não são ação. Planejar não é agir. Ler não é agir.
Agora comecem a agir! De quando em quando, não agir é melhor. Pode ser irônico,
mas, de fato, se você se pega estressado, ou achando que está fazendo mais mal
do que bem, repense se a ação é realmente necessária. Eis um trecho de Paulo Coelho
que ilustra muito bem aquilo que quero dizer:
“De boas intenções o mundo já experimentou o terror jacobino e a inquisição. (Eu
não sei se estou conseguindo me expressar do jeito que eu quero ,não quero dar
a entender que ” o bem faz mal ” , falo das boas intenções que viram
perversidades ) Muitas vezes as ” boas intenções ” terminam provocando um mal
que se enraíza em toda a sociedade , na mente das pessoas , nos costumes , na
cultura , e depois esse mal dificilmente é tirado das pessoas.”
Meu desejo é que nossos políticos
possam agir de modo que suas ações surtam efeito positivo. Que eles defendam o
interesse do bem comum à coletividade. NÃO PRECISA DE PUBLICIDADE, não é um princípio,
uma regra. Há a necessidade sim do agir, mas deixemos de fazer balbúrdia. Termino
meu pensamento deixando aqui pra todos (em especial o poder legislativo de
minha cidade) a leitura da metáfora da carroça
vazia.
Paz e bem!
Professor João Abílio
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